Um Grito no Ar: Comunicação e Criminalização dos Movimentos Sociais

A FAC Livros apresenta mais uma coletânea de grande relevância e atualidade. Dessa vez o enfoque é a relação entre a mídia hegemônica e a criminalização dos movimentos sociais.

Organizado por Elen Geraldes, Ruth dos Reis, Janara de Sousa e Vanessa Negrini , Um Grito no Ar: Comunicação e Criminalização dos Movimentos Sociais, contou com a participação de pesquisadores de todo o país.

Neste volume, 40 lideranças de movimentos sociais de diversos segmentos respondem: Como os Movimentos Sociais são noticiados pela imprensa do seu país? Há diferenças entre os veículos? De alguma forma a imprensa do seu país contribui para a construção de uma imagem estereotipada dos Movimentos Sociais? Consegue identificar as vinculações políticas e ideológicas dos principais veículos de comunicação do seu país? Há diferença da cobertura dos Movimentos Sociais pela imprensa do seu país e da mídia internacional? Qual a importância da imprensa para os Movimentos Sociais e quais as estratégias de comunicação possíveis de serem adotadas para se dialogar diretamente com a sociedade?

Este trabalho de perscrutação realizado por ângulos diversos apresenta pontos de convergência importantes como o que revela a oposição sistemática e generalizada da mídia tradicional aos movimentos sociais, sobretudo do Jornalismo, que minimiza, ridiculariza e, algumas vezes, confronta e criminaliza esses movimentos. Torna-se assim evidente o que os defensores da democratização dos meios de comunicação há muito denunciam: a falta de pluralidade e diversidade de conteúdos e formatos, o pensamento único que viceja nos veículos de comunicação e a exclusão das diferenças e dos projetos provindos dos movimentos sociais. Também fica evidenciado que o movimento social não tem sido indiferente às transformações do campo da comunicação, especialmente após o ingresso das tecnologias digitais e das mídias sociais. A possibilidade de lançar mão dos instrumentos de comunicação que se colocaram disponíveis mais contemporaneamente não apenas renova as trocas de informação como também fortalece novos vínculos e cria novas formas de articulação, mobilização e participação que enriquecem as lutas e diversificam as bandeiras voltadas para a promoção da cidadania e construção de uma esfera pública mais democrática.

Mais do que o registro do momento histórico ou uma crítica à atuação midiática, estabelece-se um convite para novas leituras. Algumas pistas mostram-se especialmente férteis, sobretudo a da análise das estratégias discursivas dos veículos, que habilmente falam e calam em busca de determinados efeitos, e o diálogo das mídias tradicionais com as redes sociais, pautando-se e sendo pautadas no reforço de ou no embate com diferentes visões de mundo.

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